segunda-feira, 30 de novembro de 2015

FPSO Libra: Um navio tanque Suezmax convertido em uma unidade FPSO




No ano passado, o navio tanque Navion Norvegia concluiu seus serviços… como navio tanque. O navio agora está em processo de conversão para uma unidade FPSO, estendendo sua vida útil de operação em mais 12 anos. O FPSO Libra vai operar no pré-sal brasileiro, no campo de Libra na bacia de Santos. Estima-se que o campo possui reservas de 8 a 12 bilhões de barris de óleo equivalente, atualmente considerado o maior campo offshore do Brasil. Este campo possui alta prioridade para o forte consorcio formado pela Total, Shell, CNOOC, CNPC e liderado pela Petrobras. O FPSO libra será usado como uma unidade de teste de poço em suporte a um desenvolvimento maior com múltiplos FPSOs.

O navios está atualmente sento convertido no Estaleiro Jurong em Singapura e está programado para produzir o primeiro óleo no início de 2017, quando ele iniciará seu contrato de afretamento de 12 anos. Durante o terceiro trimestre, o navio estaleirado para melhorias de aço no casco, a fabricação do topside continua e todos os itens de longo prazo de entrega foram adquiridos.

Primeiro Dique Seco

Içamento do bloco Sponson

FPSO Libra no Estaleiro Jurong em Singapura

Empilhamento de 4º Nivel da E-House
Área de Laydown


Fonte: tecpetro.com

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Coalbed Methane


Considerado por muitos apenas gerador de calor e energia elétrica através da feição bruta em termelétricas, o Carvão Mineral, abundante na região sul do Brasil, vem há anos ganhando notoriedade de outra forma em países com alta demanda energética, como Estados Unidos,  Canadá e Alemanha, através da utilização do gás metano gerado em suas camadas (cleats), o Coalbed Methane.
Diferente dos reservatórios de gás convencionais, o Carvão funciona como Rocha Geradora, Rocha Carreadora, Rocha Reservatório e Trapa, ou seja, o leito de Carvão mineral se apresenta como sistema petrolífero para o aporte desta importante matriz energética, que com a demanda energética crescente, principalmente em países europeus e asiáticos, vem ganhando espaço em importantes centros de pesquisas mundiais.
Para entendermos um pouco sobre o CBM, necessitamos saber mais sobre a geração do Carvão, que difere bastante da geração dos Hidrcarbonetos de petróleo. Desde a matéria orgânica mais úmica ou sapropélica (Tipo 3), em detrimento da algálica (Tipo 1), profundidade, temperatura de maturação até condições de reservatório os carvões possuem sua forma peculiar de formação.
O CBM é gerado de um conjunto de modificações de camadas de carvão soterradas, a consideráveis profundidades (mais de 400 metros em muitos casos) sob influência de altas pressões que lhe ocasionam  a sequência Stress e Strain, além de serem alimentadas com o tempo por altas temperaturas.  A capacidade de geração de CBM está diretamente relacionada com aplicação de tensões normais e de cisalhamentos impostas pelo arranjo estrutural que fazem com que a camada de carvão, até o momento maciça e praticamente impermeável, ganhe fraturas (cleats) que lhes garantem uma permeabilidade secundária.
Com a geração de fraturas, em um  ambiente submetido a altas temperaturas de rochas ditas “quentes” ao sua volta (fonte magmática ou simplesmente devido as altas profundidades), o carvão começa a ser modificado em seu arranjo estrutural, que dependendo da sua composição inicial (fonte orgânica) e da temperatura ali aplicada, pode fazer com que o mesmo perca frações voláteis do seu arranjo original, principalmente metano, dando origem a possíveis reservas explotáveis de Coalbed Methane.
Porém, formas precisas de dimensionar as reservas, que como já se sabe são enormes,  produção entre outras partes da exploração do CBM, são temas interessantes de serem analisados, para isto, buscaremos a seguir, em novas publicações, exemplificar outras fases da análise de Coalbed Methane do ponto de vista geológico, da engenharia e da economicidade da sua explotação.

Fonte: http://tecpetro.com

domingo, 14 de junho de 2015

Diferentes tipos de poços de petróleo e gás natural


Reprodução: Fatos e Dados



Entre os inúmeros recordes que temos alcançado no pré-sal está a redução gradual do nosso tempo de perfuração de poços. Embora muitos acreditem que os poços são sempre perfurados da mesma forma, existem variados tipos de perfuração para diferentes finalidades.
Para descobrirmos novos campos ou jazidas de petróleo, por exemplo, precisamos coletar dados e avaliar a extensão das reservas por meio dos chamados poços exploratórios.
Conheça as principais diferenças entre os poços:
a) Poço pioneiro: é o primeiro poço perfurado quando buscamos petróleo e/ou gás natural;
b) Poço estratigráfico: fazemos esse tipo de perfuração para mapear dados geológicos das camadas de rocha e obter outras informações relevantes;
c) Poço de extensão ou delimitatório: esse tipo de poço é perfurado quando queremos ampliar ou demarcar os limites de uma jazida;
d) Poço pioneiro adjacente: perfuração que fazemos para descobrir novas jazidas em uma área adjacente a uma descoberta anterior;
e) Poço para jazida mais rasa: quando queremos testar se existem jazidas mais rasas do que as já descobertas numa determinada área;
f) Poço para jazida mais profunda: quando queremos testar se existem jazidas mais profundas do que as já descobertas numa determinada área;
Depois de todas as pesquisas e testes exploratórios nos poços pioneiros e adjacentes, quando nos certificamos de que uma descoberta tem viabilidade econômica, passamos para os seguintes tipos de poços:
g) Poço de produção ou desenvolvimento: é com esse tipo de poço que drenamos o petróleo de um campo;
h) Poço de injeção ou injetor: para aumentar ou melhorar a recuperação de petróleo e gás natural de um reservatório, injetamos fluidos como água e gás.
i) Poço especial: para quaisquer outros tipos de poço.


 



Outras classificações:

Entre as outras classificações para os poços de petróleo está a direção da perfuração, que se subdivide da seguinte forma:
j) Poço vertical: nesse tipo de perfuração, a sonda e o alvo (ou objetivo) estão na mesma reta vertical;
k) Poço direcional: qualquer poço em que a perfuração não é feita na vertical;
l) Poço horizontal: é um tipo de perfuração feita na horizontal, especialmente para garantir um maior aproveitamento do petróleo.



 




Ou ainda outras formas de perfuração:

m) Poço repetido: quando, por algum motivo, precisamos perfurar novamente um poço, com os mesmos objetivos;
n) Poço partilhado ou multilateral: nesse tipo de poço, aproveitamos um poço já perfurado, ou parte dele, para objetivos diferentes; e
o) Poço desviado: quando precisamos desviar a trajetória da perfuração por causa de um obstáculo.
Outras características, como profundidade e diâmetro, são fundamentais para desenvolvermos e aplicarmos diferentes tipos de tecnologia. Continuamos testando, por exemplo, novas formas de monitoramento de sondas e variados fluidos para injeção, para aumentarmos a eficiência e reduzirmos os custos da exploração e produção de petróleo e gás natural.



 Fonte: Tecpetro