terça-feira, 24 de novembro de 2015

Coalbed Methane


Considerado por muitos apenas gerador de calor e energia elétrica através da feição bruta em termelétricas, o Carvão Mineral, abundante na região sul do Brasil, vem há anos ganhando notoriedade de outra forma em países com alta demanda energética, como Estados Unidos,  Canadá e Alemanha, através da utilização do gás metano gerado em suas camadas (cleats), o Coalbed Methane.
Diferente dos reservatórios de gás convencionais, o Carvão funciona como Rocha Geradora, Rocha Carreadora, Rocha Reservatório e Trapa, ou seja, o leito de Carvão mineral se apresenta como sistema petrolífero para o aporte desta importante matriz energética, que com a demanda energética crescente, principalmente em países europeus e asiáticos, vem ganhando espaço em importantes centros de pesquisas mundiais.
Para entendermos um pouco sobre o CBM, necessitamos saber mais sobre a geração do Carvão, que difere bastante da geração dos Hidrcarbonetos de petróleo. Desde a matéria orgânica mais úmica ou sapropélica (Tipo 3), em detrimento da algálica (Tipo 1), profundidade, temperatura de maturação até condições de reservatório os carvões possuem sua forma peculiar de formação.
O CBM é gerado de um conjunto de modificações de camadas de carvão soterradas, a consideráveis profundidades (mais de 400 metros em muitos casos) sob influência de altas pressões que lhe ocasionam  a sequência Stress e Strain, além de serem alimentadas com o tempo por altas temperaturas.  A capacidade de geração de CBM está diretamente relacionada com aplicação de tensões normais e de cisalhamentos impostas pelo arranjo estrutural que fazem com que a camada de carvão, até o momento maciça e praticamente impermeável, ganhe fraturas (cleats) que lhes garantem uma permeabilidade secundária.
Com a geração de fraturas, em um  ambiente submetido a altas temperaturas de rochas ditas “quentes” ao sua volta (fonte magmática ou simplesmente devido as altas profundidades), o carvão começa a ser modificado em seu arranjo estrutural, que dependendo da sua composição inicial (fonte orgânica) e da temperatura ali aplicada, pode fazer com que o mesmo perca frações voláteis do seu arranjo original, principalmente metano, dando origem a possíveis reservas explotáveis de Coalbed Methane.
Porém, formas precisas de dimensionar as reservas, que como já se sabe são enormes,  produção entre outras partes da exploração do CBM, são temas interessantes de serem analisados, para isto, buscaremos a seguir, em novas publicações, exemplificar outras fases da análise de Coalbed Methane do ponto de vista geológico, da engenharia e da economicidade da sua explotação.

Fonte: http://tecpetro.com

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